Este texto faz parte de uma série muito engraçada de histórias da minha família. Pra variar, meu irmão e um dos meus tios por parte de pai resolveram contar algumas de nossas histórias e deu nisso que poderão verificar logo abaixo. Vou postando alguns por aqui eventualmente. Começo por este, do qual faço parte... Pior que é tudo verdade!
(...)
"Nossa Empresa de reciclagem não deu certo, mas no decurso de juntarmos materiais nos deparamos com muitas latinhas bem legais e mais uma vez influenciado pelo André acabei sucumbindo e aceitei colecionar latinhas com ele (e é lógico que colocamos a Amanda na parada)... Começamos juntando as que casualmente encontrávamos ou as que eram compradas por algum familiar. As que tínhamos repetidas a gente trocava. A seguir passamos a comprar algumas cervejas importadas no super, mas como não bebíamos dávamos para alguém beber ou simplesmente despejávamos o liquido fora e guardávamos só a latinha. Quando a gente via alguma no lixo não se pensava duas vezes e recolhíamos para nossa coleção. Certa vez fomos para Capão da Canoa e lá era um território propicio para aumentarmos nosso acervo, pois na praia todo mundo consome refrigerantes ou cervejas em latas, e não deu outra, juntamos muitas latinhas, chegávamos na maior cara de pau do mundo nas pessoas que acabavam de abrir uma latinha que considerávamos interessante e pedíamos a latinha. Na maior parte dos casos éramos atendidos... certa vez o André chegou a pedir para o cara tomar rápido a cerveja, pois tínhamos que ir embora, e o pior é que o cara bebeu no "gute-gute". Numa noite saímos para comer uma pizza e a prima Keli estava junto conosco, e de madrugada saímos eu e o André revirando as lixeiras e catando latinhas, a Amanda estava meio sonolenta junto da mãe dela e da prima Keli, mas subtamente ela deu um berro: -Aquela lixeira é minha!!! Não deu outra caímos na risada, pois ela deu este berro perto de uma sorveteria cheia de gente e todo mundo ficou olhando e dando risada da Amanda catando latinhas da lixeira... Ela não tinha a manha que eu e o André tínhamos de catar as lixeiras de uma maneira bem discreta. A Amanda gostou tanto de catar latinhas em lixeiras que ela e mãe dela foram viajar para o Caribe e cataram varias latinhas para nossa coleção. Ninguém tinha aquelas latinhas e isto tornava nossa coleção muito invejada. A Amanda gostou tanto de ser “catadeira” que deixou de procurar latinhas em lixeiras e começou a catar animais nas ruas, gatos e cachorros... são inúmeros, mas ela chegou a catar um galo em plena encruzilhada, isto mesmo um galo de macumba todo lambuzado de azeite de dendê e levou para sua casa e deu um banho... e o galo abusado fez amizade com o cachorro e os gatos da Amanda e se sentiu o dono do campinho... mas não parou por aí... Ela catou também um cavalo todo estropiado e o levou para sua garagem, aí a mãe dela que é outra maluca, aproveitou e colocou o cavalo no jardim para que ele pastasse e desta forma economizou no jardineiro, (hahaha...mentiraaaaa...ele cagou todo nosso pátio - nota minha - hehehe) visto que o cavalo aparou todo o gramado... Bom, voltando às latinhas, chegamos perto de mil que ficavam expostas numa estante no meu quarto, mas acabei me mudando para um apartamento e meu quarto era bem menor e não tinha como trazer esta estante e nem as latinhas que acabaram ficando de herança para a filha do comprador da nossa casa, eu só trouxe uma latinha de cerveja do Inter. Nunca vi ninguém com uma coleção como a nossa, alguém pode até ter um número maior de latinhas, mas tenho certeza que ninguém se esforçou e se divertiu tanto para conseguir como nós!!!"
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