domingo, 25 de abril de 2010


Há dias penso em duas coisas sobre as quais tratamos muito na Casa do Jardim (http://www.casadojardim.com.br/) e que estão latentes em minha vida hoje. Poderia discursar sobre estes temas e expor minhas idéias antes e após Casa do Jardim ou ainda, antes e após sentir na pele. Falo de julgamento e perdão.

Este post trata sobre o primeiro: julgar. Para tanto, transcreverei trechos de um livro belíssimo, o qual coaduno perfeitamente - Renovando Atitudes, de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed.

"Não julgueis, a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgados os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles." (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Cap. X, item 11).



"(...) Em todo comportamento humano existe uma lógica, isto é, uma maneira particular de raciocinar sobre sua verdade; portanto, julgar, medir e sentenciar os outros, não se levando em conta suas realidades, mesmo sendo consideradas preconceituosas, neuróticas ou psicóticas, é não ter bom senso ou racionalidade, pois na vida somente é válido e possível o "autojulgamento".

(...) Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a pessoa prostituída. (...)

Segundo Paulo de Tarso, "é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento".

(...) Nossos julgamentos serão sempre os motivos de nossa liberdade ou de nossa prisão no processo de desenvolvimento e crescimento espiritual.

(...) Se alguém subestimar e ironizar o "desajuste emocional dos outros", poderá, em breve tempo, deparar-se em sua própria existência com perplexidades emocionais ou dilemas mentais que o farão esconder-se, a fim de não ser ridicularizado e inferiorizado, como julgou os outros anteriormente.

Se formos juízes da "moral ideológica" e "sentimental", sentenciando veementemente o que considerarmos como "erros alheios", estaremos nos condenando ao isolamento intelectual, bem como ao afetivo, pela própria detenção que impusemos aos outros(...). Não julgueis, a fim de que não sejais julgados, ou mesmo "se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles", quer dizer, alertemo-nos quanto a tudo aquilo que afirmamos julgando, pois no "auditório da vida" todos somos "atores" e "escritores" e, ao mesmo tempo "ouvintes" e "espectadores" de nossos próprios discursos, feitos e atitudes.

Para sermos livres realmente e para nos movermos em qualquer direção com vista à nossa evolução e crescimento como seres imortais, é necessário observarmos e concatenarmos nossos "pesos" e "medidas", a fim de que não venhamos a sofrer constrangimento pela conduta infeliz que adotarmos na vida em forma de censuras e condenações diversas."



Portanto, caríssimos, cuidado com a força dos teus julgamentos, cuidado com a forma com que condenas os outros! Tu és perfeito???? "Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra!!!"

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